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A (re) descoberta do feminismo

  • Glória Drummond
  • 11 de abr. de 2016
  • 2 min de leitura

Com o falso empoderamento das mulheres ( que parece ser uma questão de altura do salto ) no inicio deste milênio e o feminismo chapa branca, tinha-se a impressão que a questão de gênero era apenas objeto de pesquisa nas universidades, ongs e ONU. Que, finalmente, a igualdade entre os sexos era ou estava a uma pequena distância da realidade.

Feministas históricas se deturparam ou se esconderam em todo o mundo. Muitas passaram a faturar em livros, palestras, entrevistas, apenas na defesa do direito à homossexualidade, orgasmos discutíveis, apropriamento do que há de mais agressivo no comportamento masculino e que empobrece a relação hetero, aumentando a solidão a dois e as neuroses. O "vivre la diffèrence" foi sepultado. Em seu lugar nasceu uma supermulher andrógina, desbocada, iconoclasta. Na qual se espelham seios e bundas de silicone, falantes, dançantes num retorno à vênus esteatopígica da pré-história.

Ao mesmo tempo o homem perde as suas referências, se encolhe. Deixa as monumentais fêmeas à mercê das queixas sobre o seu desaparecimento no mercado e dos sexshops e seus brinquedinhos.

Até aqui, uma análise sexual. Enquanto muitas ascendiam no mercado do trabalho, principalmente as patricinhas das classes privilegiadas e agora as empreendedoras do desemprego, elevadas à categoria de celebridades na mídia, veio à tona a desigualdade e a violência contra a mulher sob todas as bandeiras e em todas as classes sociais. O "novo" feminismo dá a impressão que descobriu isto. Mas, prossegue conivente com a exploração e deterioração do corpo da mulher, sempre um corpo de delito.

Quando sumir do mapa-mundi e da mídia este Dia Internacional da Mulher, a igualdade entre os sexos estará consumada. E nada de endeusamento da mulher na política. Algumas chegaram lá. Mas, atente para as nossas poderosas e corruptas Zélia Cardoso, Dilma Roussef e todas as mulheres que colocou no poder. Feminista desde a adolescência, pioneira em Goiás, quando feminismo era um palavrão, não perdi a coerência e nem o discurso. Entendi que se nossos ancestrais antropóides levaram 60 milhões de anos para chegar à posição ereta, do início do século passado ao ano de 2016, o feminismo avançou muito. Tem de refletir sobre a possibilidade de encarar o homem como vitima cultural, sobretudo das tradições judáico-cristãs. Isso, antes que outro movimento ganhe os holofotes - o machismo. Duvida? Na terra de tio Sam já existe o Iron Man. Mais eu não digo pela objetividade deste espaço. Pesquise na mãe dos cultos e dos quase iletrados - a Internet.

Glória Drummond é escritora, jornalista e historiadora

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